domingo, 6 de setembro de 2009

"Cachoeira não existe..."


Alguém perguntará: "Como assim cachoeira não existe? Claro que existe, eu a vejo!!" A questão aqui não é o que se vê propriamente, mas o que contém o que se vê. Cachoeira é um CONCEITO. Quando vejo uma cadeira e digo, "uma cadeira", posso dizer que fiz um juizo sobre o que é a cadeira: pedaços de madeira cortados e delineados para a FUNÇÃO de se construir uma cadeira.
Aplicando ao caso da cachoeira... tire a água ou tire o barranco, ou tire os dois, cadê a cachoeira? O conceito sobre a cachoeira foi uma junção de dois outros conceitos, de água somado ao de barranco, portanto, sempre que eu ver água correndo sobre o barranco e caindo, pensarei, falarei, etc, ou seja, farei um juizo, que é a junção ou correlação entre dois conceitos: "cachoeira".
Mais uma vez alguem perguntará: "Sim, tudo bem... E DAÍ?????" Esta linha de raciocínio é aplicada aos mais diversos acontecimentos da vida cotidiana. Por exemplo, o amor. O amor é um conceito. Certamente, e de modo geral, ninguém amará um pedaço de carne com formas interessantes (homem ou mulher). Quando alguém ama alguém é pelos ATRIBUTOS que tal pessoa tem, que é interessante, que é reforçador, e entendemos esse comportamento como "amor". Uma entidade mental, abstrata, oculta, espiritual, seria uma especulação equivocada. Ora pois, ninguém sabe onde está a "mente" e nunca conseguirão localizá-la... arranquem o cerebro e quero ver se a "mente" permanecerá.
Certa vez ouvi de alguém: "quando uma mulher se apaixona por um homem, é pelo jeito dele..." Esta é sem duvida uma excelente expressão para localizar as condições que existem para que o amor seja evocado.
Sobre a continuidade do "amor", outro texto virá!

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